Muitas vezes ao nos prestar ao 'temido' exercicio da meditação, percebemos assustados pensamentos e , sobretudo, desejos , que jamais diríamos ter. Voluntariamente, podemos nos privar de algumas coisas. Desejos não satisfeitos podem perder a força com o tempo, mas nem sempre isso acontece. Mas conseguimos nos privar do desejo ?
Desejo manifestado é igual a satisfação ausente ? Desejo satisfeito é desejo concluido ?
O livre arbítrio não consegue controlar os desejos. Reprimí-los é inútil, já que ficam latentes. Por outro lado, não conseguiremos jamais satisfazer todos os nossos desejos. A cada dia, a cada hora, a cada situaçao que passamos desejos coisas, pessoas, desejamos o bem ou desejamos o mal, etc.
Desejos são substituídos por outros desejos num ciclo infindável.
Além do mais, satisfazer desejos não é garantia de felicidade. {essa é a parte do txt do prof. Pedro Kupfer que mais me chamou a atençao} Pode acontecer que trabalhemos para realizar algum objetivo e, uma vez realizado, perceber que não era o que queríamos. Ou entao, desejar comprar algo caro, guardar dinheiro, parcelar, comprometer os recursos de outras coisas, e depois de adquirir aquilo que tanto queriamos comprar, nossa satisfaçao durar pouco mais que algumas horas. Portanto, deixar a felicidade para depois de satisfazer os nossos desejos é um ato suicída.
Como lidar com os desejos, então? Desejar é parte do psiquismo humano. É o que nos define como indivíduos e configura a nossa personalidade. Então, é natural, e deveríamos parar de olhar para o desejo como um problema. Em verdade, é um privilégio poder desejar. É sinal de saúde mental. O problema não e o desejo. O problema é achar que desejar pode trazer felicidade. Entao, talvez o melhor seja DESEJAR A FELICIDADE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário e seu contato!