quarta-feira, 5 de agosto de 2015

YOGA COM MEU CORPO OU SEM MEU CORPO ?!

Concluindo, só que não, o assunto do YOGA que exclui - inclui - YOGA PARA TODOS,

ainda quero pegar 'carona' naquele txt do prof. Pedro Kupfer que estava me baseando anteriormente...

O corpo como símbolo.

Como é que chegamos a esse ponto? Como é que o Yoga, que sempre foi uma ferramenta para a liberdade, o autoconhecimento e o crescimento interior, acessível a todos, acabou sendo apresentado como uma ferramenta para submissão do corpo humano, inda mais o corpo feminino, ao modelo irreal imposto pela cultura dominante?

Viver é coisa do corpo. O corpo é a realidade orgânica, o palco das experiências onde a vida acontece. Porém, há muito mais guardado nele: o corpo também é uma construção ideal, é a inflexão que nos torna gente, através da qual nos identificamos como humanos dentro dos contextos ambiental, social e familiar.

O corpo é, igualmente, a referência através da qual construímos e projetamos a imagem de quem somos, tanto como indivíduos quanto como raça humana.

Nesse sentido, o símbolo que é o corpo é capaz de construir e transmitir significados e mensagens através da sua forma. Isso, por sua vez dá lugar a costumes, gestos ou formas de conduta padrão, que determinam e condicionam as escolhas dos indivíduos. O pior é que muitas vezes, pensamos que tomamos decisões ou perseguimos desejos usando nosso livre arbítrio, e não nos damos conta de que estamos apenas seguindo condicionamentos impostos, que nada tem a ver conosco ou com a plenitude que somos.

Assim, sempre que nos expomos à imagem daqueles ''sarados'', malhados, ou daquelas magras e esbeltas num āsana complicado sorrindo relaxadamente como quem não faz esforço algum, a mensagem que recebemos é : voce que está me vendo é muito ruim mesmo, pois, pra fazer issozinho ai já acha dificil, fica todo dolorido, faz cara de sofrimento e ainda sua e transpira... Ou seja, isso pode afetar negativamente a nossa autoestima, nossa autoimagem, uma vez que a quando eu pratico nas aulas de yoga não me pareço com aqueles modelos.

Mais uma vez lembro que nem temos espelhos nas salas de yoga para que não olhemos comparativamente nem admirando nem nos decpcionando. Em nossa pratica devemos nos perceber, nos olhar interna e externamente e reconhecermos nossos limites, potencialidades e qualidades. Sempre com AHIMSA [não violencia de qualquer tipo]


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