domingo, 16 de fevereiro de 2014

yoga x as ilusões

hare om hare om hare om hare hare
                            Uma das pequenas jóias das Upanishades (textos antigos e sagrados da India e yoga) diz assim em seus versos:
"o que não pode ser visto pelos olhos, mas por meio do qual os olhos podem ver, é unicamente Brahma, o espirito, e não aquilo que as pessoas adoram. O que não pode ser escutado pelos ouvidos, mas por meio do qual os ouvidos são capazes de ouvir, é Brahma, e não aquilo que as pessoas adoram. Aquilo que não pode ser compreendido pela mente, mas por meio da qual a mente consegue pensar, é unicamente o Espirito, Brahma, e não o que as pessoas adoram".

                           Ou seja, é compreender que o tudo é mais do que a forma, do que aquilo que podemos ver, ouvir e entender com nossos sentidos. Já se sabe que o átomo tem mais espaços vazios; que as moléculas, tem mais espaços vazios, e que os aparentemente sólidos, tem mais espaços vazios do que sólidos, da fato.

                          Assim é que, a partir do silencio é que acontecem os sons; é a partir da escuridão que se faz ver a luz; e é a partir da mente esvaziada e limpa como uma folha de papel em branco é que os pensamentos, ideias e imagens se desenham e se formam.  Mas as pessoas se enganam, se iludem e se perdem tanto que acham que o que é real, o que existe e é importante é apenas o que podem ver, ouvir, sentir e pensar ..... Levamos uma vida preocupados com o que vemos, ouvimos e pensamos, ou pior, preocupados com o que os outros veem, ouvem e pensam sobre nós..... Que tolice !
                         No trabalho diária e perseverante do YOGA vamos desapegando dessas ilusões, desses enganos, desses falsos padrões de vida, que só conduzem á tristeza e á infelicidade dos seres... Eu não quero isso pra mim !!!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ESSA TAL FELICIDADE - parte 3 - visão pela YOGA

shanti shanti shanti
Bem meus caros, depois das 2 partes anteriores sobre o tema FELICIDADE numa visão do YOGA, agora chegamos ao fim da reflexão, e com isso, chegamos também ao ápice dessa realização pessoal: A FELICIDADE.
Então, depois de passarmos por SUKHA (a felicidade superficial, passageira, efêmera e circunstancial) chega-se (ou não) a um nível mais profundo que é SANTOSHA (a gratidão, contentamento, a satisfação, independente dos outros, das coisas ou das situações) e quem sabe, como uma benção divina, alcança-se ANANDA (a bem-aventurança plena, a realização pessoal, emocional, espiritual, a felicidade pura que vem do ABSOLUTO)

Alias, ANANDA é um sufixo muito comum para denominar mestres, gurus, lideres espirituais e personalidades ilustres na cultura hindu e yogue. Assim, chegar à ANANDA é chegar a ''experimentar'' Deus em sua vida,  é o poder divino dentro duma vida humana, é sentir o extase correr pelas veias...

Primeiro a se observar é que a FELICIDADE é inerente á nossa vida, portanto, ela está presente em nossa vida TODOS os dias, nas mínimas e simples coisas...  A questão está em que a maioria dos humanos ''buscam'' a felicidade, quando na verdade, nós precisamos de práticas para atrair a felicidade e a alegria de viver. Práticas de bondade, gentileza, generosidade, gratidão (isso só pra mencionar as que começam com "G")

Segundo, use o poder criativo da sua mente, da sua imaginação para direcionar a situações e ações que gerem alegria, satisfação, contentamento e uma aproximação com o celestial, o mundo espiritual: o escritor cristão C.S. Lewis deu nome á sua biografia de SURPREENDIDO PELA FELICIDADE, isso porque todas as suas experiências da presença de Deus em sua vida eram experiências de plena alegria e felicidade.

Ou seja, cultivando essa bem-aventurança, buscando a presença Divina no mundo humano, teremos grandes chances de experienciarmos ANANDA - plenitude e completa paz e alegria