SHANTI, SHANTI, caros alunos
recebi essa ótima contribuiçao conceitual de nossa colega Cris, e estou compartilhando com vcs.
AQUECER PARA O YOGA - A importância dos aquecimentos antes da prática A experiência da prática do Hatha Yoga revela, para quem se dispõe a abrir mão de rótulos e preconceitos, um processo de despertar energético muito além dos exercícios meramente físicos e mecânicos. Ao início de cada prática é comum que uma série de movimentos corporais e respiratórios se façam para nos prepararmos para esta revelação, já que os condicionamentos estão diariamente criando raízes em nós, cultivadas por hábitos como a inércia do corpo físico em posturas fixas durante longos períodos de trabalho ou repouso, masprincipalmente por idéias fixas ou mesmo traumas nos planos mental ou emocional que são, segundo Patānjali, vritti – as nossas flutuações mentais. “Aquecer” está muito ligado ao momento em que prestamos atenção ao presente. Meios para estabelecer presença são simples enquanto método, mas podem ser desafiantes na prática. Como por exemplo, o ato de fechar os olhos e lembrar que simplesmente respiramos pode revelar uma tempestade de pensamentos e expectativas com ventos que nos levam para longe do momento presente. Porém, quando nos abrimos para o prāṇāyāma, que para a ciência yogue integra três planos: físico, psíquico e prânico ou energético, nós realmente “chegamos” ao ambiente que estamos. A respiração é o único processo fisiológico que é duplamente voluntário e involuntário; é possível que seja superficial, relacionando-se às atividades conscientes do ego, ou profundo, nos conectando aos mecanismos inconscientes do Eu essencial. Conforme mergulhamos na própria respiração, tomamos contato com conteúdos que revelam nosso estado emocional, daí a importância da atenção dada a ela, observando-se ao início de cada prática. Sendo uma rotina diária, podemos então levar a sala do Yoga para nossa sala de estar, para o ambiente de trabalho, etc. Quando há uma coordenação, uma harmonia entre os movimentos respiratórios e corporais durante um bom “aquecimento”, despertando o corpo através de movimentos suaves que se pode buscar na sabedoria dos āsanas integrados aos prāṇāyāmas, instrutor e alunos se unem numa psicosfera mais despoluída das influências externas. Assim, os alongamentos inciais transitam da contração para a expansão, do micro para o macro. A partir de um fluxo energético, direcionamos prāṇa para determinada parte enrijecida do corpo físico acessando o campo sutil; da conexão deste com os campos dos demais praticantes, muitas vezes sem percebermos, tornamos o espaço que ocupamos, seja ele qual for, um ambiente propício para o Yoga. Muitas vezes, tal psicosfera revelada pode sensibilizar o grupo a tal ponto que toda a dinâmica da prática passa a ser regida por esta União, o trabalho individual do instrutor torna-se coletivo, quebrando expectativas e, com isso, qualquer sensação de ansiedade de cada um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário e seu contato!